Remédio para queda de cabelo: qual escolher?

A escolha do remédio para queda de cabelo depende fundamentalmente do diagnóstico da condição.

Embora existam diversas opções de medicamentos para queda de cabelo, nenhum deles é eficiente para todos os casos.

Por isso, antes de optar por um produto por conta própria, é essencial passar por uma avaliação médica especializada.

Remédio para queda de cabelo: descobrindo a causa

É comum se deparar com medicamentos, xampus, produtos naturais e receitas caseiras para queda de cabelo. Todos esses tratamentos se dizem capazes de reverter o problema, independente da causa.

Entretanto, como é possível resolver algo sem nem saber do que se trata? Realmente isso não acontece. 

Não existe nenhum tratamento universal para todos os tipos de queda de cabelo. 

Cada caso precisa de uma análise individual.

Portanto, o primeiro passo para se definir o tratamento é identificar o tipo e as causas da queda.

Tipos de queda de cabelo

Apesar do evento final, ou seja, a queda de cabelo, ser igual, existem formas diferentes  do cabelo cair.

Dessa forma, define-se o tipo de queda de cabelo a partir do mecanismo que levou à ela.

As principais condições responsáveis pela queda capilar são :

  • alopecia androgenética: nessa condição há um afinamento e encurtamento progressivos do cabelo, com queda. O processo,  chamado miniaturização, tende a evoluir até atrofia completa e definitiva do folículo piloso;
  • eflúvio telógeno: queda de cabelo devido a alterações no ciclo de renovação capilar. Nessa condição, os fios deixam precocemente a fase de crescimento, ou anágena, para entrarem na de queda, ou telógena;
  • alopecia areata:  doença autoimune do folículo na qual a queda ocorre pelo corpo não reconhecer o próprio cabelo;
  • eflúvio anágeno: queda de cabelo ainda na fase de crescimento, ou seja, na fase anágena;
  • alopecia de tração: nessa condição o cabelo cai por excesso de tensão no bulbo capilar;
  • alopecia cicatricial: grupo de doenças inflamatórias ou traumáticas que têm como evento final a queda de cabelo seguida de fibrose. Na alopecia cicatricial, no lugar do fio forma-se uma cicatriz, com perda definitiva do cabelo.

Uma vez definido o tipo de queda de cabelo, passa-se então a investigar as suas causas.

Por fim, sabendo-se o tipo e as causas, é possível determinar o remédio para a queda de cabelo.

Causas da queda de cabelo

Uma dúvida recorrente é se queda de cabelo e calvície são a mesma coisa.

A calvície hereditária, ou alopecia androgenética, é um tipo de perda capilar no qual a queda de cabelo é acompanhada de atrofia progressiva do fio.

As causas da alopecia androgênica são basicamente fatores hormonais, em especial hormônios masculinos, e a herança genética.

Já a queda de cabelo por eflúvio telógeno resulta de uma soma de fatores capazes de alterar o ciclo capilar.

Essas causas podem estar agindo no corpo ou no couro cabeludo.

Dentre as diversas situações capazes de gerar queda por eflúvio telógeno, encontram-se:

  • infecções ou inflamações sistêmicas;
  • medicamentos;
  • alterações hormonais;
  • cirurgia;
  • deficiência ou excesso de vitaminas e minerais;
  • estresse;
  • dermatites do couro cabeludo.

Já no eflúvio anágeno, a causa mais comum de queda é o uso de medicamentos, principalmente para quimioterapia.

Por sua vez, apliques, tranças e penteados apertados podem causar  alopecia de tração.

O caso da alopecia areata e das alopecias cicatriciais é um pouco diferente.

Embora não se conheçam as causas exatas desses tipos de queda de cabelo, é possível tratar pelo mecanismo da queda.

Calvície genética: qual é o remédio para queda de cabelo?

O tratamento da alopecia androgenética envolve medicamentos orais, tópicos e uso de tecnolgia.

Apesar de haver diversos remédios para calvície disponíveis, poucos são regulamentados e liberados por agências de saúde.

Na verdade, o minoxidil é o único remédio para queda de cabelo com aprovação tanto para homens quanto para mulheres com alopecia.

Além disso, a liberação se restringe ao uso tópico do produto, em loções entre 2 a 5%.

A finasterida oral, por sua vez, tem comprovação, regulamentação e aprovação somente para tratar a calvície masculina.

Remédio para queda de cabelo por eflúvio capilar

Não existe um medicamento específico para tratar o eflúvio, seja ele telógeno ou anágeno.

Como  o eflúvio telógeno é uma condição multifatorial, o remédio para queda de cabelo, no caso, vai depender da causa.

Assim, se o cabelo está caindo por anemia ferropriva, o remédio para queda de cabelo é o ferro.

Da mesma forma, o remédio para queda de cabelo no hipotiroidismo é o hormônio da tiróide. 

E assim por diante, ou seja, o tratamento do eflúvio telógeno é achar e corrigir as causas do problema.

Parece contraditório, mas em alguns casos, o remédio para queda de cabelo pode ser justamente parar de tomar certos medicamentos.

Claro que isso nunca deve ser feito por conta própria, ainda mais se tratando de medicamentos como quimioterápicos, antibióticos, antidepressivos, etc.

O médico deve ser consultado sempre antes de qualquer decisão.

Como parar a queda de cabelo na alopecia areata?

No tratamento da alopecia areata existem opções de medicamentos tópicos, orais e injetáveis.

O remédio para queda de cabelo, no caso, pode ser líquido, creme, loção capilar, comprimido ou até injeção.

Alguns desses medicamentos encontram-se prontos na farmácia e outros precisam manipular.

Dentre as medicações manipuladas encontram-se a difenciprona e a antralina.

Já o remédio para queda de cabelo de farmácia mais eficaz para tratamento da alopecia areata é o corticoide.

Nesse caso, tanto a apresentação como a concentração, e forma de aplicação do medicamento interferem no resultado.

Dependendo do corticoide e como ele foi utilizado, por exemplo, podem ocorrer sequelas como cicatrizes e problemas de saúde.

Por isso, é fundamental procurar um médico especialista antes de usar qualquer remédio para queda de cabelo por alopecia areata.

Outra classe de remédio para queda de cabelo em estudo para alopecia areata são os imunobiológicos.

Tratamento da alopecia de tração

O primeiro passo para tratar a alopecia de tração é reduzir a tensão sobre o cabelo.

Dessa forma, recomenda-se retirar apliques, desfazer tranças e afrouxar os penteados.

Só de tomar essas atitudes a queda deve diminuir.

Possíveis falhas no couro precisam de avaliação médica para definir não só o tratamento como as chances de recuperação.

Como tratar a alopecia cicatricial?

Existem diversas doenças inflamatórias do couro cabeludo que podem evoluir com alopecia cicatricial.

Portanto, não há um remédio para queda de cabelo capaz de tratar todas elas.

Cada doença que cursa com alopecia cicatricial tem sua própria lista de medicamentos e tratamentos.

Em geral, o objetivo dessas medicações é controlar a queda e interromper a evolução da doença.

Antibióticos, corticoides, cloroquina, isotretinoína e até finasterida são algumas das diversas opções de remédio para queda de cabelo nesses casos.

Qual é o risco de usar remédios sem orientação?

Boa parte dos medicamentos para tratamentos capilares têm efeitos colaterais.

Alguns deles, inclusive, podem fazer o cabelo cair ainda mais se usados incorretamente.

Isso sem contar outros problemas mais graves como queda de pressão, desmaio, alergia, trombose até cegueira.

Mesmo medicamentos tópicos podem causar irritação, coceira, dor, bolhas, queimaduras, feridas, úlceras e cicatrizes.

Portanto, não é uma boa arriscar se automedicando.

Remédio para queda de cabelo: como escolher?

O caminho até chegar à escolha do remédio para queda de cabelo é longo.

Primeiro, é preciso conhecer com detalhes a história do paciente, questionando-o sobre possíveis fatores causais.

Após uma anamnese bem completa, é a vez de examinar com cuidado o fio de cabelo e couro cabeludo do paciente.

Através de aparelhos específicos, é possível se fazer o diagnóstico de boa parte das causas da queda.

Exames de sangue complementares ajudam a completar a avaliação integral do paciente.

Em casos selecionados, pode ainda ser necessário se realizar uma biópsia do couro cabeludo.

Somente depois de percorrer toda essa longa jornada até o diagnóstico, é possível se apresentar ao paciente as opções terapêuticas.

Na escolha do remédio para queda de cabelo, ainda é preciso considerar riscos e possíveis efeitos adversos de cada tratamento.

Cabe ao médico esclarecer as dúvidas e orientar quais as opções mais interessantes para cada caso.

Nesse contexto, a automedicação não só retarda o tratamento correto como também pode trazer riscos.

Mesmo shampoo ou vitaminas podem agravar dermatites do couro ou causar hipervitaminoses, piorando a queda.

Outro exemplo clássico de piora por uso inadequado de remédio para queda de cabelo é o minoxidil tópico.

É muito comum atender pacientes desesperados com o cabelo caindo já usando minoxidil, shampoo infantil e suplementos de vitaminas.

Queda de cabelo: o que fazer?

A orientação mais preciosa para quem está com queda de cabelo é: não perca tempo!

Ele pode te custar caro  e o preço ser o seu cabelo. 

Portanto, assim que possível, procure um médico especialista.

Se você está com os cabelos caindo e quer saber qual o remédio para queda de cabelo para o seu caso, faça-nos uma visita!

A Clínica Doppio além de possuir uma estrutura apropriada para avaliação e tratamento de queda de cabelos e calvície, conta ainda com um médico especialista em cabelos e profissionais preparados para ajudar com seu problema.
Faça uma avaliação e obtenha as informações e cuidados para o seu caso.

Dr. Nilton de Ávila Reis

CRM: 115852/SP | RQE 32621


Posts Relacionados

Hemoglobina, ferro, ferritina e queda de cabelo: qual a relação?
É comum médicos dermatologistas conversarem com seus pacientes sobre a relação entre ferritina e queda... (Leia mais)
Umectação capilar noturna: dormir com óleo no cabelo faz mal?
Alguns sites e blogs da internet vem sugerindo dormir com óleo no cabelo para fazer... (Leia mais)
Riscos e efeitos colaterais da dutasterida para tratamento capilar
Desde a sua aprovação para tratamento da calvície masculina pela ANVISA, aumentou-se o interesse por... (Leia mais)

Deixe um comentário

Deixe seu comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *